Conheça um pouco da história de Irmão Fêgo
Antigamente, o famoso bairro que hoje é conhecido como Siqueira Campos, importante região de moradia e comércio de Aracaju, era conhecido como Aribé.
O bairro acabou crescendo de forma extraordinária por conta das oficinas da rede ferroviária, atraindo uma grande circulação de pessoas. No entanto, esse não era o único motivo. No Aribé também residia uma figura conhecida como Irmão Fêgo. Ele era procurado por muitos aracajuanos por causa da sua fama de curandeiro.
A vida de Irmão Fêgo
Fêgo, cujo nome era Elfego Nazário Gomes, era mais um dos funcionários da companhia Leste Brasileiro, que residiam na região. Embora sua data de nascimento gere controvérsias, acredita-se que ele tenha nascido em 1881 e passou a residir no Aribé em 1925, se casando e tornando-se pai de 4 filhos.
Por volta de 1926 ele começou a curar e se tornou uma figura mística na cidade. Nessa época, a doutrina espírita era vista de maneira preconceituosa, muitos eram intolerantes, dessa forma, os espíritas dá época eram perseguidos e criticados. No entanto, Fêgo e um grupo de amigos, reuniram-se para criar o Grupo Espírita Humilade, cujo objetivo era atender as necessidades físicas e espirituais da população mais carente.
Direção do grupo
Em 1931, um dos seus amigos, Osvaldo Basílio, que dirigia a casa espírita, faleceu, fazendo com que Irmão Fêgo assumisse a direção. O local, que ficava em sua residência, atraia diversos tipos de pessoas, de todas as classes sociais, cegos, doentes mentais e gente em busca de uma palavra de conforto.
O Santo do Aribé
Irmão Fêgo tinha o hábito de ler a bíblia e trechos das obras de Allan Kardec para os frequentadores do centro e por causa da sua pregação e caridade, ficou conhecido como santo, principalmente em 1933, quando os doentes começaram a beber a água do quintal de sua casa, que seria milagrosa, promovendo a cura daqueles que a consumiam.
Irmão Fêgo revelou que seu poder de cura começou dentro de casa, quando um de seus filhos ficou doente e ele recorreu a Deus, encontrando um estímulo para sua habilidade. Isso foi só o começo de um legado que nos dias atuais se tornou quase esquecido por muitos. No entanto, alguns sergipanos ainda guardam seu nome e seus ensinamentos, principalmente aqueles que frequentam o meio espírita. O antigo centro, hoje leva o seu nome e é frequentado por muita gente em busca de cura e conforto espiritual.