Aracaju: aos 166 anos, uma linda menina que renasce todos os dias

Até 1855 a Capital da Província de Sergipe era São Cristóvão, mas por razões de natureza logística e econômica, havia a necessidade da criação de um porto para escoar a produção de açúcar e os donos de engenhos pressionaram o presidente da província, Ignácio Joaquim Barbosa, para que o porto ficasse mais perto do mar.

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Nem é preciso mencionar que a população de São Cristóvão ficou severamente descontente com a perda do status de Capital da Província, resultando até em manifestações contra a mudança. O são cristovense mais marcante de todos foi o cidadão conhecido pela alcunha de “João Bebe Água”, cuja cultura popular descreve que ele teria guardado dezenas de foguetes, com os quais comemoraria a volta da Capital de Sergipe para São Cristóvão.

Com o passar dos anos Aracaju cresceu e se modernizou, embora ainda guarde proporções de cidade pequena, onde todos se conhecem. Lamentavelmente, pouco se mantém de sua arquitetura original, mas a nossa visão é recompensada quando visitamos lugares como a Ponte do Imperador, Palácio Olímpio Campos, Catedral Metropolitana, os quais se mantêm impassíveis e altaneiros, como se recebessem a modernidade com a naturalidade de quem ignora o tempo.

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A Aracaju de hoje possui a mais bela orla do Brasil, assim como arranha-céus modernos e uma arquitetura digna das cidades mais modernas do mundo. Quando olhamos a ponte construtor João Alves, ligando nossa Capital à Barra dos Coqueiros, vemos nela um colossal titã de aço, guardando cuidadosamente Aracaju.

Assim como, diariamente, o sol matinal espalha seus raios sobre o mar da Atalaia, nossa cidade brilha, reflete alegria e beleza, como se cada amanhecer fosse único. Aracaju, aos 166 anos, lembra uma menina-moça, cuja beleza recebeu do tempo um tratamento contínuo e inversamente proporcional, o que a mantem sempre jovem e bela, como uma donzela dos Contos de Fadas.
Parabéns, Aracaju!




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