22/11/2018
12:49:06

São Cristóvão tem hoje, um número expressivo de casas de matrizes africanas. Com o objetivo de identificar dentro dos limites geográficos do município, qual o número e onde estão localizadas as comunidades, Indígenas e Quilombolas, a Fundação de Cultura e Turismo João Bebe-Água (Fundact), através da coordenadoria de Inclusão e Promoção de Igualdade Racial, lançou na última segunda-feira (20), Dia da Consciência Negra, o projeto (RE)Conhecendo: Terreiros, Quilombos e Aldeias Indígenas de São Cristóvão.

A coordenadora de Inclusão e Promoção de Igualdade Racial, Acácia Maria Santos falou do projeto.“A idéia surgiu a partir da necessidade de identificar a quantidade de terreiros existentes para que o município possa levar políticas públicas aos locais. Existem vários benefícios para terreiros, mas sem a documentação necessária eles não tem acesso. Uma equipe da Fundact irá percorrer a cidade para que o cadastro possa ser feito,”observou.

Além de cadastro das comunidades, o projeto irá realizar o registro fotográfico na elaboração de material específico para compor o roteiro turístico religioso, como também, disponibilizar as políticas públicas municipais, através dos programas sociais.

História

São Cristóvão, primeira capital de Sergipe, recebeu contingente de africanos escravizados entre os séculos XVII e XIX. Estes trabalharam nos engenhos do Vaza-Barris, estuário do Rio Paramopama e Mosqueiro, bem como, no centro burocrático da cidade, desenvolvendo atividades domésticas. Sobre a origem destes escravos, Luis Mott, um dos mais esclarecidos pesquisadores da formação étnica sergipana, informa a procedência dos negros que chegaram a Capitania no final do século XVIII: Angola, Congo, Benguela, Costa do Ouro, Nagô, Golfo do Benin, Gêgê. É consenso entre os estudiosos, que no território da antiga Capitania de Sergipe houve uma predominância dos grupos africanos de Angola e Nagô.

 

Fotos: Heitos Xavier.




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