Santana do São Francisco já foi conhecida como Carrapicho
Nem Michelangelo, nem Donatello e nem Rodin. Nós temos José Roberto Freitas. A cidade de Santana do São Francisco, antigo povoado Carrapicho, possui uma pequena população, estimada em 7 mil habitantes. Destes, acredita-se que 70 por cento se dedica à produção de artesanato em barro, o que atrai turistas de dentro e de fora do Estado de Sergipe, infelizmente ainda em pequeno número, devido talvez tanto à falta de divulgação, quanto a parca estrutura que a cidade oferece para o visitante.
Carrapicho sempre foi um marco na escultura em barro e no passado pertencia ao Município de Neópolis, cuja distância é de apenas 2 quilômetros, tendo se tornado independente em 1993. Nessa Ocasião recebeu o nome de Santana do São Francisco, pela devoção do seu povo à Nossa Senhora Santana e por ser banhada pelo Rio São Francisco.
Há várias gerações que o artesanato em barro começou na localidade e foi passado de pai para filho, sucessivamente. Com o passar dos anos, a arte que era manifestada através de moringas, vasos para plantas, potes e purrões para água, animaizinhos em miniatura que eram vendidos nas feiras e povoavam as cabeças das crianças com algumas das brincadeiras mais sadias do mundo, deu lugar à arte mais acadêmica, exposta em exposições pelo Brasil e pelo Mundo, tal a sua beleza e qualidade.
Dentre os diversos escultores de Santana do São Francisco, um dos maiores responsáveis pelas obras de arte exportadas e vendidas em grandes lojas, galerias dos grandes centros comerciais conhecidos, está José Roberto Freitas, o conhecido Beto Pezão, especializado em dar vida ao barro, produzindo peças que retratam os nordestinos, além de esculturas de madonas e de diversos santos. As peças de Beto Pezão possuem os pés agigantados (dai o seu apelido), que servem para manter a peça de pé e acabou virando uma marca registrada do artista e do Estado de Sergipe.